O Conde de Contar
Depois da recente manifestação dos jovens à rasca, surgiram vários debates e artigos sobre o que fazer com tanta gente descontente.
A inevitável tentativa de associação da malta às cores políticas, era de esperar, mas na minha opinião, não funcionou. Claramente a manifestação não foi feita com esse sentido. Foi exclusivamente uma forma de apresentar, pacificamente, o descontentamento perante tanta confusão, especulação, falta de entendimento, incapacidade e incompetência.
Em suma, as palavras de ordem rabiscadas nos cartazes empunhados pelos manifestantes mostravam o descontentamento geral da população perante TODAS as forças representadas no parlamento. Quando os partidos não têm capacidade de falar entre si, em proveito daqueles que os lá puseram e para os quais têm uma forte responsabilidade, é porque alguma coisa está mesmo mal.
Trocadilho bem conseguido |
Não sei onde isto vai parar, mas acredito que não se avizinham tempos bons. Basta abrir os jornais e ver os títulos alusivos às agências de ratting e juros da divida publica sempre a subir, para concluirmos que o amanhã poderá ser bem diferente.
Segundo algumas personagens o problema poderá ser ainda mais complexo, pois não se conhece com rigor o valor da divida. E este é o ponto onde me insurjo. Não consigo conceber esta realidade. Isto seria idêntico a uma família endividada, não saber quanto deve à mercearia, à padaria ou ao homem dos gelados. Podem pensar que uma família endividada não compra gelados, mas se pensarmos bem, Portugal também comprou 2 submarinos, apesar de termos apenas 800kms de costa e estarmos perante um cenário de crise há vários anos, enfim.
É bem visto |
Deixo a sugestão, organizem-se, façam as contas e contem-nos a verdade. Se por ventura tiverem dificuldades nisso, em vez de ir pedir ajuda ao estrangeiro, chamem mas é o Conde de Contar, que o ar nesta crise há já muito tempo se tornou irrespirável.
Parece-me lógico |
Abraço de amizade
Fui!
31 março 2011
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