De perder a cabeça.

O Templo Maia de Kukulcan, (deus pássaro-serpente) o mais grandioso de todos os templos da civilização maia, encontra-se na cidade arqueológica maia de Chichén-Itzá (na beirada do poço do povo Itza).

Construído de modo a que um sacerdote, que falasse do seu topo, fosse facilmente ouvido pelas multidões aglomeradas na sua base, possui curiosas particularidades acústicas e arquitectónicas.

Quem bater as palmas em frente à fachada sul, ouvirá como resposta, vindo do topo do monumento, o som de um pássaro (o quetzal), momentos depois ouvirá o som de uma cobra oriundo do templo dos guerreiros, situado à esquerda de Kukulcan.




Além deste fenómeno acústico, Kukulcan possui ainda outras preciosidades. Cada face do monumento tem 91 degraus, que se ao seu total somarmos o patamar superior, (91X4+1) perfaz o n.º 365. Naturalmente este número leva-nos a inevitável comparação com o actual número de dias num ano comum.

Nos equinócios da Primavera e do Outono, podemos contemplar outro acontecimento igualmente interessante. À medida que o sol se movimenta a sombra dos patamares é projectada numa das escadarias, formando uns triângulos, que por sua vez representam o corpo de uma serpente, que se desloca até à base, onde se encontra esculpida em pedra, a sua cabeça.





Em Março a serpente parece subir (pôr do sol) e em Setembro parece descer (nascer do sol). Durante cerca de 20 minutos de contemplação, todos se questionam sobre o conhecimento necessário para construir tal engenho. Como reagiriam à sua observação, aqueles que há séculos adoravam o templo?


Na continuação da visita à Riviera Maya, o nosso amiguinho “aterra” em Tulum. Uma pequena cidade arqueológica, situada na costa do Mar das Caraíbas, sudeste do México. Foi a única cidade maia junto ao mar, situada numa escarpa, possui uma vista singular.


Tulum tinha como principal actividade, o seu porto de pesca. A espessa muralha protectora que rodeia este sítio, actualmente em ruínas, atribuiu o nome à cidade, uma vez que a palavra maia Tulum, tem como significado, barreira ou parede.

Tulum é o terceiro sítio arqueológico mais visitado no México.



O bonito mar das Caraíbas...



Localizada a uma distância muito curta de Cancún e Playa del Carmen, mesmo no meio da selva profunda, ou matagal se assim o preferirem, descobre-se Cobá. Muitos são os turistas que passaram perto deste local, mas por uma ou outra razão nunca o visitaram. Uma das possíveis causas, será a construção, apenas em 1970, de um acesso melhor à Zona.


Com 42 metros de altura Nohoch Mul, apresenta-se como a principal atracção da cidade.
Cobá teve um importante destaque no comércio da civilização Maia, uma vez que acredita-se que era o entroncamento de cerca de 40 caminhos maias, chegou mesmo a ser rival de Chichen-Itza. Possui um observatório astronómico, uma pequenita “pirâmide”, logo à entrada da zona arqueológica e um campo de jogos para o denominado jogo da bola (talvez o actual futebol). Segundo consta, os jogadores que perdiam o jogo, também perdiam a cabeça, eram decapitados! Aqui não haviam chicotadas psicológicas… acho eu… Será que também cortavam a cabeça ao treinador? E ao preparador físico? E aos dirigentes… Bolas, não quero nem pensar…

OBS. Os Ingleses que me perdoem, mas se os Maias construíram todo um vasto império apoiado em credíveis bases de conhecimento, facilmente inventavam o futebol….


A visita a este local é ideal para os amantes das caminhadas, durante 4Km, é possível encontrar várias ruínas no meio da densa vegetação.


Caso não gostem particularmente de andar a pé, sempre podem alugar uma bicicleta. No caso do nosso amigo, não foi preciso andar a bicicleta, nem muito menos a pé, a simpática Mafalda tratou de tudo e prova disso, são estas bonitas fotos.

Viva México, Viva Mafalda.

Abraço de amizade para todos.

~ 29 outubro 2008 4 Deixar Comentário

Há já muito tempo que nesta crise o ar se tornou irrespirável

Na esperança de não tornar este blog, num blog apenas com fotografias de viagens feitas por um certo bonequinho, que já começa a irritar e a despontar alguma inveja, devido à quantidade de destinos já coleccionados, decidi escrever uma mensagem um pouco mais aborrecida, mas talvez também com um pouco mais de conteúdo.

A conhecida crise, anunciada por alguns profetas da economia, está a fazer estragos por todo o lado. Não e só em Portugal que se estão a sentir os efeitos deste acontecimento, no resto da Europa e Estados Unidos da América, também se sofrem ondas de choque.

Foi precisamente nos E.U.A que o efeito dominó começou, (se encontrasse o tipo que empurrou a primeira peça, espetava-lhe, no mínimo, dois tabefes), Subprime! Dizem eles… Enfim… à conta disso anda quase tudo endividado até ao pescoço. Deveria ser mesmo assim? Deveriam os Americanos e as suas acções influenciar tanto os acontecimentos na Europa?

Acho que está mais na altura da U.E. (Unidade na Diversidade, é o nosso lema) fazer jus ao nome de “Velho Continente” e começar a pensar em soluções que permitam que o nosso barco não se afunde, cada vez que há uma tempestade na América. Não digo voltar as costas ao Tio Sam, mas ficarmos tão dependentes de quem vai ocupar o lugar na Casa Branca, é impensável. Por acaso estou muito curioso para saber se a América profunda, ainda é racista, e à conta disso vai deixar Obama em 2º lugar, vamos ver… (4 de Novembro).

Obs. Apesar de muitos acharem Economia um tema maçador, eu não o acho. Gostava da disciplina no Secundário, tinha uma professora fantástica que marcava sempre no 1º dia de aulas os teste, para o dia seguinte aos feriados…não me lembro de todos, mas posso afirmar com 100% de certeza que durante 3 anos consecutivos, fiz teste de Economia no dia 2 de Maio…Nunca havia hipótese de dizer que não havia tempo para estudar. Para mim, o dia do trabalhador, ficará para sempre associado ao estudo.

Continuando… Acredito que este acontecimento, tem levado muita gente a pensar na vida, a fazer contas ao dinheiro gasto indevidamente e sobretudo a meditar sobre o necessário e o supérfluo… Para nos sentirmos bem, é mesmo preciso ter 25 pares de sapatos, um belo LCD na sala e um carro janota estacionado à porta de casa? Pensem bem nisto. Mais uma vez digo, não sou hipócrita ao ponto de afirmar que não gostava de ter uma televisão nova, ou um carro janota, mas também acho que se não pensasse naquilo que escrevo e digo, jamais publicaria uma mensagem, onde afirmo que gosto de gastar alguns dias de férias na Costa da Caparica…A propósito, há dias mostrei a mensagem com as fotografias da costa a uma pessoa amiga, que me perguntou “ Que praia bonita é essa? Senti-me tão bem…

A crise andar ai! (e pá anda ai o Antrax, private joke) mas cá para mim isto é como o nosso Biorritmo… é por ondas... Agora a maré está cheia, mas vai vazar... e isto vai melhorar. Acreditem. Como já perceberam sou um optimista. Além disso, sou também um adepto do intemporal e valioso, Senso Comum, por isso termino com uma sugestão de alterção ao provérbio “O que não nos mata, apenas dos deixa mais fortes”. Cá p'ra mim, durante estes dias, seria melhor dizer “O que não nos mata, apenas nos deixa mais fortes, mas infelizmente também com menos euros…”

Não há-de ser nada. Abraço de amizade para todos.

P.S.- Apesar da crise, a mascote vai dar uma voltinha à Suíça, e acreditem que não falo da Pastelaria.

~ 18 outubro 2008 0 Deixar Comentário