Poetas da Parede

~ 24 junho 2009
Chegou a hora de dar voz àqueles que andam uma vida inteira à procura da sua “pedra filosofal”, voz àqueles que atingem esse estado de espírito superior, e que através da lata de spray que empunham, transcrevem arbitrariamente para as paredes da cidade os seus superiores pensamentos. Vamos acreditar que tiveram de pensar um bocado valente para escrever qualquer coisa que valesse o esforço. Eu pelo menos se escrevesse um frase na parede, teria de ser com a “alma”.

A maior parte destes pensamentos são biliosos, sinónimo de escárnio e mal dizer, mas referências ao amor (o famoso Amo-te Teresa), politica, religião, música ou simples desabafos, com os respectivos impropérios à mistura, são também temas facilmente encontrados por essas paredes fora. De cabo a rabo, a cidade está repleta destes “grafittis” e aparentemente temos em mãos, um erário público, passivel de divulgação no blogue.

As fotografias não são de grande qualidade, mas essa é uma condição que quero que conste nas publicações das mensagens desta etiqueta. A ideia é qualquer um poder participar com as fotos tiradas do seu telemóvel, enquanto passeia pela cidade ou durante o tempo de espera no sinal de trânsito, e o seu olhar soslaio, embate na parede e no pensamento lá pintado (cuidado com a policia, podem ser multados por utilizar o telemóvel enquanto conduzem). Se acharem que vale a pena registar, tiram a foto, enviam-ma que depois eu publico. Dê-me a matéria prima que eu transformo-a...
Depois, quem quiser comenta, aprecia, ou faz apenas uma introspecção do escrito.


O grito de ordem agora é “Toca a olhar para as paredes!” para publicarmos os pensamentos, tal como se fossem encíclicas… (se calhar entusiasmei-me, mas gosto desta ideia).

Estas duas primeiras fotografias foram tiradas junto a Alfama, entre o Panteão Nacional e a Feira da Ladra.

Apreciem e comentem “s’il vous plaît” ou “síl te plaît” pois aqui no blogue, não há cá o vôce….


Abraço de amizade.

(Já lá vão uns dias desde que a ideia surgiu.)

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